Direção: Robert Fuest Roteiro: James Whiton, William Goldstein
Elenco: Vincent Price (Dr. Anton Phibes)
Joseph Cotten (Dr. Vesalius)
Peter Jeffrey (Inspetor Trout)
Virginia North (Vulnavia)
Terry-Thomas (Dr. Longstreet)
Sean Bury (Lem Vesalius)
Susan Travers (Enfermeira Allen)
David Hutcheson (Dr. Hedgepath)
Edward Burnham (Dr. Dunwoody)
Alex Scott (Dr. Hargreaves)
Peter Gilmore (Dr. Kitaj)
Maurice Kaufmann (Dr. Whitcombe)
Derek Godfrey (Crow)
Norman Jones (Sgt. Schenley)
John Cater (Waverley)
Hugh Griffith (Rabbi)
"My love, sweet Queen and noble wife..."
Original do Reino Unido, no Brasil, O Abominável Dr. Phibes. Mais um grande personagem interpretado pelo magnífico Vincent Price e um dos personagens do cinema que mais sou apaixonada, o incrível, psicopata e único Dr. Anton Phibes!
Após sofrer um acidente de carro, enquanto tentava chegar ao hospital onde sua esposa Victória passava por uma cirurgia de emergência, o famoso organista e doutor em teologia Dr. Phibes desaparece, até ser dado como morto. Devido ao acidente, fica com o rosto totalmente desfigurado, e após se recuperar, coloca em prática os planos de se vingar da equipe médica responsável pela mal sucedida cirurgia que ceifou a vida de sua amada prematuramente. Emocionalmente perturbado, mantém o corpo de Victória embalsamado dentro de um sarcófago, e dá início à sua vingança, contando com a ajuda de uma bela e misteriosa jovem chamada Vulnavia.
Utilizando métodos terríveis e brutais, inspirados nas 10 pragas do Egito (Águas em sangue, Rãs, Piolhos, Moscas, Peste, Sarnas, Chuva de Granizo, Gafanhotos, Trevas e Morte dos primogênitos) de uma maneira fascinante, cheia de originalidade e muita classe, começa a se vingar um por um.
O filme é cheio de estranhezas, onde vemos muito do estilo camp, começando pelo próprio Dr. Phibes, que devido ao rosto desfigurado usa uma máscara semelhante a suas antigas feições e fala através de um gramofone plugado em sua garganta; vive em um esconderijo sombrio e ao mesmo tempo elegante; na abertura aparece tocando seu órgão enquanto bonecos mecânicos bizarros integram uma orquestra. Destaque para a silenciosa Vulnavia, que além de uma fiel assistente, um dos personagens mais misteriosos que já conheci, com um modo elegante e algumas vezes estravagante de se vestir, está sempre ao lado do Dr. Phibes, o ajudando a realizar seus atos terríveis. É um filme cheio de exageros visuais, irônico, cômico e intrigante, com cenários em art-déco, utilização de músicas de época e a interpretação de Price é genial como sempre. Uma obra de arte e um verdadeiro clássico do horror.
Vulnavia
Em 1972, Dr. Phibes volta com Dr. Phibes Rises Again (A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes), com mesma direção e produção, além de uma participação de Peter Cushing. Desta vez, leva o corpo embalsamado de sua amada Victória para o Egito, em busca do lendário "Rio da Vida", onde acredita que poderá finalmente ressuscitá-la e viverem eternamente, contando novamente com a ajuda de sua assistente, a bela Vulnavia (desta vez interpretada por Valli Kemp). Dr. Phibes continua com a originalidade na morte de seus inimigos, mas desta vez mais violentas e sanguinárias; assim como era seu covil, sua câmara secreta é bizarra, sombria e elegante e novamente conta com sua orquestra formada pelos bonecos mecânicos. Price continua magnífico em sua atuação e o filme mantém suas bizarrices, assim como o anterior, abominável e genial.
"...Somewhere over the rainbow, skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true..."
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