Direção: Fritz Lang
Roteiro: Thea von Harbou
Elenco: Alfred Abel (Joh Fredersen)
Gustav Fröhlich (Freder - Filho de Joh Fredersen)
Brigitte Helm (Maria / Androide)
Rudolf Klein-Rogge (C.A. Rotwang - O inventor)
Theodor Loos (Josaphat - assessor de Fredersen)
Heinrich George (Grot - o Capataz)
"Este filme não é de hoje, nem do futuro. Ele fala de um lugar nenhum. Ele não serve a nenhuma tendência, partido ou classe. Ele tem uma moral que cresce quando há compreensão: o mediador entre o cérebro e as mãos deve ser o coração."
Thea von Harbou, 1925
Uma obra prima à frente de seu tempo, um marco do expressionismo alemão, foi a produção mais cara da Europa na época, um dos últimos filmes mudos de Fritz Lang (também conhecido por dirigir M - O vampiro de Düsseldorf) e estreou em 1927 em Berlin. Uma grandiosa produção em todos os sentidos, com centenas de figurantes, cenários imensos, máquinas e diversos efeitos especiais.
A história se passa no ano de 2026, Metropolis é uma grande cidade dividida em duas camadas, na parte superior com seus prédios, boa vida, diversão e alta tecnologia vive a classe composta pelos poderosos, em lugares chamados como "Clubes do Filhos" e "Jardins Eternos", enquanto na parte subterrânea, na Cidade dos Trabalhadores, ficam os operários que trabalham em tarefas repetitivas e exaustivas 10 horas por dia, em máquinas monstruosas responsáveis por manter todo o conforto para a classe privilegiada, vivendo em péssimas condições como escravos.
Metropolis é governada por Joh Fredersen, que vive na parte superior com seu único filho Freder, desfrutando os prazeres da classe privilegiada. Na parte inferior vive Maria, uma carismática mulher, que prega o amor e compreensão aos trabalhadores, dizendo que um dia chegará um mediador, que será responsável por melhores condições de vida. Um dia Freder conhece Maria e fica fascinado pela moça, na tentativa de encontrá-la vai parar na Casa das Máquinas, onde presencia um trabalhador caindo em exaustão até que acontece um acidente, onde diversos operários ficam feridos. Freder tem alucinações com a máquina, a vendo como o antigo Deus Moloch engolindo os operários, e comovido, sobe para contar ao seu pai o que aconteceu, acreditando que o mesmo tomaria alguma providência, mas Joh Fredersen não parece se importar. Assim Freder vai até a Cidade dos Trabalhadores atrás de Maria para tentar encontrar um meio de ajudar os trabalhadores.
Percebendo que Maria tem uma grande influência sobre os operários, Fredersen ordena que Rotwang de à androide sua semelhança para tentar convencer os trabalhadores e evitar que revoltas aconteçam. Acontece que Rotwang, foi apaixonado por uma mulher chamada Hel (tentou revivê-la na robô), mas a mesma se casou com Fredersen, e morreu ao dar a luz a seu filho Freder. Querendo vingança, Rotwang pretende acabar com Fredersen e seu filho desorganizando todo o sistema usando a falsa Maria, manipulando a burguesia e em seguida os trabalhadores.
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Metropolis é pura arte, cheio de simbolismos, cenas de forte expressão visual, uma bela arquitetura e um final reflexivo. Aborda o tema de maneira esplêndida, lutas de classes, exploração, desigualdade social, onde a massa sustenta a elite que está sempre acima dos trabalhadores, além de ser um dos filmes mais usados como referência para o cinema, música, games e outros meios artísticos. Incrível como se mantém tão atual, o futuro imaginado por Lang não está tão longe da nossa realidade, um dos melhores filmes de ficção que já assisti e uma obra de arte atemporal.
O filme foi encurtado e editado após seu lançamento, e 1/4 do filme havia sido considerado perdido para sempre, até que foi descoberto em 2008 uma cópia em péssimas condições quase completa, que foi reconstruída.
Só dar o play para assistir:
Como 1/4 do filme foi perdido para sempre, se foi descoberta uma cópia depois ?
ResponderExcluirHavia sido considerado perdido até encontrarem uma cópia em 2008, conseguiram recuperar parte do material, mas muita coisa já estava deteriorada. Acredito que tenha me expressado mal.
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